21 de dez. de 2011

Sr. EGO

Imagem: caminhos da mudança.blogspot.com


Há dias venho sentindo vontade de falar sobre o “EGO”, esse nosso companheiro de quase uma vida inteira. Já sei, alguém deve estar dizendo “quase, não, de uma vida inteira, sim senhora”. Pois eu digo que não. Não acredito que tenhamos nascido com ele. Ele é formado por tudo aquilo que vamos aprendendo ao longo da vida, com quem nos rodeia, com os conceitos que vamos formando sobre tudo e sobre todos, ou seja, com a falsa verdade que, por ignorância, os outros nos passam.

O ego não é mau, ele apenas acredita que somos aquilo que pensamos que somos e nos faz agir como se fôssemos mesmo. Complicadinho, não é? Mas, é isso mesmo. Ele é tão convencido, orgulhoso e mimado, que sofre demais diante de qualquer descontentamento. E, como é cria nossa, acreditamos realmente que somos nós que estamos sofrendo. Mas, o sofrimento não é nosso, é dele. E, pensamos que somos ele.

Com isso, esquecemos de que somos algo muito superior, somos a “alma”. O dia em que conseguirmos fazer essa distinção, descobriremos como a vida é divina e como é divino viver. O ego, por ser um instrumento da mente, apresenta maior facilidade de contato. Por essa razão, o ouvimos muito mais facilmente. Mas, quando conseguimos colocar a “alma” acima dele... Ah! Não há quem nos segure e não há o que consiga nos magoar. Porque alma não sofre, porque alma não exige, alma não “precisa de... “. A alma é completa em si. É a centelha divina em nós.

A alma ama porque vive de amor, mas não o cobra porque ela já é amor.... em si. A alma dá pelo prazer de dar e não pela necessidade de receber. A alma pode amar a tudo, a todos e, principalmente a si. Mas, somente conseguiremos enxergar isso se a colocarmos no comando de nossas vidas.

Todavia, pela facilidade do contato com o ego, sempre o deixamos agir livremente e nos trazer todos os tipos de sofrimento, pois o orgulho é seu maior amigo e companheiro constante. É claro que ele também pode nos proporcionar algumas alegrias, mas alegria é diferente de felicidade. Felicidade vem de “realização” e somente quem tem competência para se realizar é a alma.

Quantas pessoas são prisioneiras de seu ego. Preferem sofrer, sofrer e sofrer, mas nem por um segundo concordam em dar o braço a torcer. Preferem a rigidez de suas convicções a enxergar o tamanho enorme da felicidade que têm pela frente. Negam-se a ter momentos felizes para, simplesmente, poder estar bem com seu ego egoísta, tolo e ignorante. Essa atitude é de uma pobreza total. Mais pobre ainda é quando a pessoa, mesmo visualizando novos caminhos, insiste em continuar assim sem se dar a chance de ser quem realmente é: um ser criado por uma Inteligência Divina, com tudo para ser feliz, mas que prefere fechar-se no casulo de sua ignorância, digo de seu ego.

Sueli Benko

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14 de dez. de 2011

Ilusão



De que era feito aquele teu amor jurado, 
intenso e eterno que, de repente, 
não mais que de repente, 
ao primeiro tropeço, 
se desmanchou em cinzas?
Dizias que não te importava 
por não ter sido o primeiro, 
mas de ser o último, 
não abrias mão. 
Que para isso, 
oferecias-me todos os teus momentos, 
todas as tuas juras e todo teu coração.
Não, não precisas responder. 
Era do mesmo material dos sonhos que acalentei, 
das sombras que percebi 
e das promessas que acreditei.
Não, não precisas responder.
Eu já sei.
Era tudo feito apenas de ilusão.

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7 de dez. de 2011

Solidão Feminina



Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas - e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente - e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior - com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando - senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.   

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa - desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.

Repasse para suas amigas, especialmente para as que não sabem fazer  sua "solidão contente!" e para seus amigos entenderem e valorizarem a riqueza interior de certas mulheres comparada aos homens.

Ivan Martins (Editor-executivo da Revista ÉPOCA)

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Minha irmnã enviou-me esse texto ontem, com o seguinte comentário:
"Parece que isso tem a sua cara".
Ela acertou. Realmente é a minha cara!
Amei, por isso divido aqui com vocês.
Abração apertado para todos.
Sueli

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3 de dez. de 2011

Conhecendo as redondezas



Hoje tive uma manhã atípica. Resolvi dar umas voltas pelo meu bairro. Não que eu nunca faça isso, mas hoje foi diferente: fui à pé. Sim, caminhei durante uma hora e fiquei impressionada com o monte de descobertas. Mudei-me para cá há alguns meses, mas não conhecia quase nada ainda pelos arredores. E descobri tantas coisas que eu nem imaginava que poderia encontrar por aqui. Descobri dois sapateiros (fiquei muito feliz com isso, pois a profissão de sapateiro está em extinção, eu acho), um depósito de embalagens e artigos para festas, um açougue com ótimos preços (o filé mignon a 28,00/kg), três perfumarias, uma adega,  trocentos salões de beleza, trocentas lojas de material para construção, uma casa de artigos comestíveis nordestinos (vendem até feijão de corda, então vou poder fazer baião de dois), etc. Descobri até um ponto final de ônibus que vai até Pinheiros.  Ah! Passei por uma casa que tinha no varal uma toalha de praia com o distintivo do TIMÃO e fiquei imaginando que ali deveria morar pelo menos um corinthiano (será que estaria, como eu, apreensivo com os jogos de amanhã?...)

Passei por uma rua estranha, com uma energia muito pesada e imaginei como deveria ser horrível morar ali. Em compensação, cheguei num lugar bem alto, bonito e, ao me virar, avistei o prédio que moro, ao longe. E, se eu não morasse ali, eu teria pensado, com certeza: “Ah! Como eu gostaria de morar naquele lugar”. Foi muito gostoso confirmar que hoje eu moro exatamente onde eu gostaria de morar.

Na próxima vez, vou conhecer o outro lado...

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30 de nov. de 2011

Desatinos ...




Queria tanto deixar passar mais uma vez, mas agora, 
quem não deixa é a Auto Estima. 
Desde que ela cresceu e se fortificou,
 tratou de dominar o Coração e abafar sua voz. 
Coração, por sua vez, resolveu obedecer e não dificultar as coisas. 
Também quer saber se Auto Estima é boa no que faz. 
Não fosse o bocadinho de Saudade que vem fazer cócegas, 
a lembrança do último encontro 
e o saber de tua existência por perto, 
sempre, todos os dias...

... tudo estaria perfeito.

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29 de nov. de 2011

Voltei!



Gente, um dos motivos de eu ter deixado este blog, conforme expliquei abaixo, foi o aparecimento de uma janelinha chata pedindo senha, mas tão logo o abandonei, a janelinha também se foi. Hoje, fico dividida cada vez que penso em postar algo, porque eu adorava este blog aqui e também gosto do outro (Fenixando 2). Como escrevo sobre diversos temas, resolvi usar os dois e dividir os assuntos. Ainda não sei bem o que será aqui e o que será lá, mas, por enquanto, penso em escrever textos próprios aqui e lá, talvez, copiar coisas valiosas que encontro por aí. Vamos ver se dá certo. Se houver alguma alteração eu venho contar.

A verdade é que amo este cantinho aqui... então, resolvi voltar.

Voltar é bom quando se volta para algo nosso. Assim como tantas outras coisas em nossa vida que, apesar das partidas e dos “nunca mais”, na essência continua sendo nosso. O superficial vai embora, mas a essência fica. A essência de uma grande amizade, por exemplo. Muitas vezes deixamos que nosso ego fale mais alto e ele nos força a partir. Mas a essência daquele sentimento, se forte e verdadeiro, sobreviverá. Por isso nunca digo que “dessa água não mais vou beber”.

Muitas pessoas ficam presas a palavras ditas em hora de raiva e de precipitação. Aí, o orgulho fala mais alto e não conseguem voltar atrás, mesmo querendo. Penso que não seja bom fazer promessas, mas penso que seja pior ainda não ter condições de cumpri-las e se sentir na “obrigação” de fazê-lo. 

Nada como se dar o direito de mudar de idéia, não é mesmo? Desde que reconheci que tenho esse direito, digo: “Não cobrem minhas promessas. Prometo para o momento, mas se tudo muda, minha opinião também pode mudar.” Não faço mais juramentos, pois não conheço o futuro (e nem quero conhecer). E não conhecendo o futuro, já estaria mentindo de antemão.

Bem, se alguém discorda de mim, pode escrever aí... rs.

Um abração!

Sueli

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9 de ago. de 2011

O FENIXANDO (1) encerra-se por aqui...




Meus amigos,

O FENIXANDO encerra-se por aqui.

Não porque deixei de “fenixar”, mas porque uma tal janelinha pedindo senha começou a incomodar. Eu estava na dúvida se continuava por aqui ou se iniciava um outro blog, pois foram tantos renascimentos nesses dois últimos anos, que nem sei.

Após todas as tentativas de retirar essa tal janelinha (migram não sei de quê), entendi que era o sinal que me faltava para deixar este aqui, que muito significou em minha vida, principalmente pelas pessoas maravilhosas que por aqui conheci.

Mas eu estava ligada ao nome. “FENIXANDO” é, para mim, um símbolo. O bom foi ter percebido que eu não precisaria mudar o nome e surgiu, então, o “FENIXANDO 2”.

Ainda não deu para visitar todo mundo e nem terminar de decorar o novo espaço, mas espero todos vocês por lá.

Um abraço muito carinhoso!

Sueli

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3 de jul. de 2011

Como você pode saber se alguém realmente lhe ama?


(imagem retirada do blog: sirleypoesias.blogspot.com)
Existem três camadas no indivíduo humano: sua fisiologia, o corpo; sua psicologia, a mente; e seu ser, seu eu eterno. Amor pode existir em todos os três planos, mas suas qualidades serão diferentes.

No plano da fisiologia, do corpo, é simples sexualidade. Você pode chamar isso de amor, porque a palavra 'amor' parece ser poética, bela. Mas noventa e nove por cento das pessoas estão
 chamando o sexo delas de amor. Sexo é biológico, psicológico. Sua química, seus hormônios – tudo que é material está envolvido nisso.
Você se apaixona por um homem ou por uma mulher. Você pode descrever exatamente porque essa mulher lhe atraiu? Certamente você não pode ver o eu dela, você ainda nem viu seu próprio eu. Você também não pode ver a psicologia dela, porque para ler a mente de alguém não é uma tarefa fácil. Então o que é que você viu nessa mulher?
Alguma coisa na sua fisiologia, na sua química, nos seus hormônios, se sente atraído pelos hormônios, pela fisiologia, pela química da mulher. Isso não é um caso de amor; isso é um caso químico. Pense bem: a mulher por quem você se apaixonou vai ao médico, muda de sexo, deixa a barba e o bigode crescerem. Você ainda fica apaixonado por ela? Nada mudou, somente a química, os hormônios. Para onde foi seu amor?
Somente um por cento das pessoas conhece um pouco mais profundamente. Poetas, pintores, músicos, dançarinos, cantores têm uma sensibilidade que faz com que eles possam sentir além do corpo. Eles podem sentir as belezas da mente, as sensibilidades do coração, porque eles próprios vivem nesse plano.
Lembre-se que isso é uma regra básica: onde quer que você viva, você não pode ver além disso. Se você vive no seu corpo, se você pensar que é somente seu corpo, você só pode ser atraído pelo corpo de alguém. Esse é o estágio fisiológico do amor.
Porém, um músico, um poeta, vivem num plano diferente. Ele não pensa, ele sente. E devido a que ele vive no coração dele, ele pode sentir o coração de outra pessoa. Isso é geralmente chamado de amor. Isso é raro. Estou dizendo talvez somente um por cento, de vez em quando.

Por que muitos não estão se movendo para o segundo plano se este é tremendamente belo? Mas há um problema: qualquer coisa muito bonita é também
 muito delicada. Não é um objeto duro, é feito de vidro muito frágil. E uma vez que um espelho cai e se quebra, então não há como reuni-lo novamente.
As pessoas temem se envolverem muito e alcançar as delicadas camadas do amor, porque nesse estágio o amor é tremendamente belo mas também tremendamente mutante.

Sentimentos não são pedras, são como rosas. É melhor ter uma rosa de plástico, porque ela estará sempre lá e todo dia você pode banhá-la e ela estará fresca. Você pode colocar algum perfume francês nela. Se a cor dela desaparecer você pode pintá-la novamente. Plástico é uma das coisas mais indestrutíveis no mundo. Ela é estável, permanente;
 assim as pessoas param no fisiológico. É superficial, mas é estável.
Poetas e artistas são conhecidos por se apaixonarem todos os dias. O amor deles é como uma rosa. Enquanto está presente ela é tão perfumada, tão viva, dançando ao vento, na chuva, no sol, declarando suas belezas. Mas à noite ela se vai, e você não pode fazer nada para impedir isso.

O mais profundo amor do coração é somente como uma brisa que chega no seu quarto, traz sua frescura, serenidade, e então se vai. Você não pode segurar o vento em suas mãos. Bem poucas pessoas são tão
 corajosas para viver de momento a momento, uma vida mutante. Daí, elas decidirem se entregarem a um amor do qual elas possam depender.

Eu não sei que tipo de amor você conhece – muito provavelmente o primeiro tipo, talvez, o segundo tipo. E você teme que se você alcançar seu ser, o que acontecerá ao seu amor? Certamente ele se vai – mas você não será um perdedor. Um
 novo tipo de amor irá surgir o qual, talvez, só acontece a uma pessoa em milhões. Esse amor só pode ser chamado de amorosidade.

O primeiro amor deve ser chamado de sexo. O segundo amor deve ser chamado de amor. O terceiro deve ser chamado de amorosidade –
 uma qualidade, não direcionada – não possessiva e que não permite ninguém mais lhe possuir. Essa qualidade amorosa é uma revolução tão radical que mesmo concebê-la é muito difícil.
Jornalistas têm me perguntado: "Por que tem tantas mulheres aqui?". Obviamente, a questão é relevante, e eles ficam chocados quando lhes respondo. Eles não estavam preparados para a resposta. Eu disse a eles: "Sou um homem". Eles olharam para mim, incrédulos.
Eu disse: "É natural que muito mais mulheres estejam aqui, pela simples razão de que tudo que elas conheceram na vida delas foi sexo, ou em raros casos, talvez alguns momentos de amor. Mas elas nunca chegaram a conhecer o sabor da amorosidade". Eu disse para esses jornalistas: "Mesmo os homens que vocês vêem aqui desenvolveram muitas qualidades femininas neles que estavam reprimidas pela sociedade exterior".
Desde o princípio é dito a um menino: "Você é um menino, não uma menina. Comporte-se como um menino! Lágrimas caem bem numa menina, mas não para você. Seja macho". Assim todo menino vai eliminando suas qualidades femininas. E tudo que é belo é feminino. Então, finalmente o que resta é somente um animal selvagem. Toda a função dele é reproduzir filhos.

A menina não é permitida ter qualquer coisa com qualidades masculinas. Se ela quiser subir numa árvore ela será impedida imediatamente: "Isso é para meninos, não para meninas!" Estranho! Se a menina possui o desejo de subir na árvore,
 isso é prova suficiente para ela ter permissão.

Todas as sociedades criaram roupas diferentes para os homens e para as mulheres. Isso não está certo; porque todo homem é também uma mulher. Ele veio de duas fontes: o pai e a mãe. Ambos contribuíram para seu ser. E
 toda mulher é também um homem. Nós destruímos ambos.

A mulher perdeu toda a coragem, aventura, raciocínio, lógica, porque essas são tidas como qualidades masculinas. E o homem perdeu a graça, sensibilidade, delicadeza. Ambos
 se tornaram metades. Esse é um dos maiores problemas que temos que resolver – pelo menos para nosso povo.
Meus sannyasins precisam ser ambos: metade homem, metade mulher. Isso os tornará mais ricos. Eles irão ter todas as qualidades que estão disponíveis aos seres humanos, não apenas a metade.
No nível do ser, você simplesmente tem uma fragrância de amorosidade.
Os jornalistas me perguntaram: "Você ama Sheela?". Eu disse: "É claro. Mas eu amo tantas mulheres que nem mesmo sei o nome delas. E não somente mulheres – amo tantos homens, porque eles também são metade mulher". Em um milhão de sannyasins ao redor do mundo, eu não posso apontar para uma só pessoa e dizer: "Essa é a pessoa que amo".
Só posso dizer: "Eu amo". Quem quer que esteja pronto para receber meu amor... está disponível. Então não tenham receio.
Seu medo está certo: o que você tem como amor irá embora, mas o que virá no lugar é imenso, infinito. Você será capaz de amar sem ficar apegado. Você será capaz de amar muitas pessoas porque amar uma pessoa só é manter a si mesmo pobre. Uma pessoa pode dar uma certa experiência de amor, mas amar muitas pessoas...
Você ficará surpreso que cada pessoa lhe dá um novo sentimento, uma nova canção, um novo êxtase. Consequentemente, sou contra o casamento. Na minha visão, casamentos na comuna devem ser dissolvidos. Pessoas podem viver juntas por toda a vida se quiserem, mas isso não é uma necessidade legal.
Pessoas devem se movimentar, ter tantas experiências de amor quanto possível. Não devem ser possessivos. Possessividade destrói o amor. E eles não devem ser possessivos porque isso novamente destrói ser amor.
Todos os seres humanos são dignos de serem amados. Não há nenhuma necessidade de ficar acorrentado a uma pessoa por toda sua vida. Essa é uma das razões do porquê todas as pessoas ao redor do mundo parecem tão entediadas.
Porque elas não podem sorrir como você? Porque elas não podem dançar como você? Elas estão acorrentadas com correntes invisíveis: casamento, família, marido, esposa, filhos. Elas estão sobrecarregadas com todo tipo de deveres, responsabilidades, sacrifícios. E você quer que eles sorriam e dancem e se alegrem?  Você está pedindo o impossível.

Torne o amor das pessoas livre, torne as pessoas não-possessivas. Mas isso só pode acontecer se na sua meditação você
 descobrir o seu ser. Não é nada para se praticar. Não estou lhes dizendo: "Hoje à noite você procure uma outra mulher apenas para praticar". Você não irá conseguir coisa alguma e você pode perder sua esposa. E pela manhã você vai parecer tolo.
Isso não é uma questão de praticar, é uma questão de descobrir o seu ser. A qualidade da amorosidade impessoal segue a descoberta de seu ser. Assim você simplesmente ama.
E isso vai se espalhando. Primeiro, nos seres humanos, depois nos animais, pássaros, árvores, montanhas, estrelas. Um dia chega quando todo esse universo é seu amado. Esse é o nosso potencial. E qualquer um que não estiver realizando isso está desperdiçando sua vida.
Sim, você terá que perder algumas coisas, mas são coisas sem valor. Você estará ganhando tanto que você nunca pensará novamente no que você perdeu. Uma pura amorosidade impessoal que possa penetrar no ser de qualquer um – esse é o resultado da meditação, do silêncio, do mergulhar profundo dentro de seu próprio ser. Estou simplesmente tentando lhe persuadir. Não tenha medo de perder o que você tem.
(Osho, em "Death to Deathlessness")
...

Ofereço este texto a alguém que me é demasiadamente querido e que, num  momento qualquer, aparecerá por aqui, eu sei. Por outro lado, essas palavras divinas, como todas proferidas por Osho, calaram fundo em mim e inspiraram-me a refletir muito. Sou fã de carteirinha de Osho e nunca desprezo seus ensinamentos. Acho bom meus amigos perderem alguns minutinhos e refletirem sobre suas palavras também.

Estou voltando aos poucos...
Saudade imensa daqui!

Su

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26 de mai. de 2011

Solo Piano on SKY.fm





Trabalho o dia todo ouvindo esse site.
Deu vontade de compartilhar com vocês. 


Solo Piano on SKY.fm


No site há outras opções de músicas, mas para trabalhar, nada como o som de um piano.
Saudade imensa, mas ainda sem condições de voltar...
Beijos a todos!
Su

7 de mar. de 2011

NOVO CICLO




Preparando-me para um novo ciclo
Paz, silêncio, reclusão.
Grandes mudanças à vista...
Mas, desta vez, quem de tudo cuida
... é o meu coração.

(a razão... que se dane!)

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(Amigos queridos, estou por um período, morando em casa emprestada, até meu novo lar ficar pronto e tenho apenas um modem da Claro com pouco limite, então, por esse tempinho  não poderei utilizar muito a Internet. Assim sendo não vou poder visitá-los com frequência. Prometo ir "tomar um cafezinho" com cada um, assim que estiver com a Internet restabelecida. Isso talvez leve até uns dois meses.
Já sinto saudades...
Bejinhus,
Su




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4 de mar. de 2011

Convite




Oi, gente, vim convidá-los para visitar o blog que minha filhota inaugurou:


É todo dedicado a artesanato, no caso, tricô e crochê. 
Essa menina está me saindo melhor que a encomenda...rs;

Beijos, 

Sueli

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25 de fev. de 2011

As estradas da vida da gente


Se repararmos bem, a vida é exatamente como uma estrada. Às vezes, uma reta asfaltada, uma curva aqui, outra acolá, mas muito fácil de se trafegar e, geralmente nessas, não usamos nossos próprios pés. Também não temos muitas oportunidades para admirar as paisagens e o perigo que, quando existe, pode chegar sem aviso e ser fatal.

Outras vezes, caminhos mais íngremes aparecem à nossa frente e, se quisermos atingir nossos objetivos, teremos de seguí-los, porém, por nossa própria conta, sozinhos ou acompanhados, dependendo da situação.  Podem ser planos, com subidas e descidas e, dependendo de nossa direção, podem ser estreitos e difíceis ou amplos e mais confortáveis. Nada nos obriga e seguir por eles. Podemos até mesmo nos sentar sobre uma pedra, aparentemente confortável, e apenas ficar descansando, assistindo os outros passarem por ali.

Mas, nosso senso de aprendizado, geralmente, nos impele a seguir adiante. Usamos nossa inteligência ou vamos aprendendo a usá-la no percurso. Tudo seria mais fácil se, mesmo com obstáculos, as encruzilhadas não surgissem à nossa frente. Nas estradas da vida, elas dificilmente são sinalizadas. Não sabemos exatamente onde cada uma nos leva. Só podemos ter certeza que um passo adiante poderá nos levar a atingir mais rapidamente o nosso objetivo, como também retardá-lo ou, até mesmo, fazer com que ele desapareça, dando lugar a outro, ou não.

Todavia, nossos caminhos também contém armadilhas. São os famosos atalhos; muitas vezes, seguimos por um deles, esperando chegar mais rápido, mas ele possui tantas curvas e nos confundem tanto que, sem esperar, após uma longa e infrutífera caminhada, podemos acabar retornando exatamente ao ponto de partida.

Quando isso acontece, penso que precisamos parar um pouco e, ao invés de nos desesperarmos, devemos entender que a vida colocou-nos de volta no início do trajeto, provavelmente, para prestarmos a devida atenção em algo que tenha passado em branco ou, talvez, esteja nos dando uma nova oportunidade para escolher o caminho mais correto e produtivo desta vez.

Sueli Benko

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20 de fev. de 2011

Surpresas da felicidade


Quando tudo está calmo, gostoso e em paz profunda,
a felicidade se faz presente e parece que nada pode ser melhor.
De repente, não mais que de repente,
algo acontece e a gente percebe que pode sim,
ficar melhor...
...e fica!

Boa noite!


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5 de fev. de 2011

Voltarei o mais rápido possível


Gente, o máximo que minha cabeça está aguentando é cuidar do trabalho e da montagem do meu novo AP (estou ficando doidinha... mas numa boa, claro). Ontem, após um atraso de oito meses, finalmente assinei meu contrato de compra e venda. As obras do acabamento estão a todo vapor, mas tenho que cuidar de tudo, praticamente sozinha. 

Atenção, isso não é uma queixa, não (rs), aliás, estou adorando, mas as horinhas que me restam, preciso descansar esta cabecinha aqui, para poder levantar bem leve no dia seguinte... e começar tudo de novo (todos os sete dias da semana...). 

Como me propus a fazer um blog direcionado unica e exclusivamente para o apartamento e suas obras, tenho procurado deixá-lo em dia, porque as informações que troco com os blogueiros na mesma situação têm me ajudado bastante. Se não for muito tedioso e se tiverem algum interesse pelo assunto, convido-os a visitar o

Não deixem de me visitar, sempre passarei por aqui e, assim que as obras terminarem, voltarei correndo para  ficar e para visitar todos os meus adorados amigos blogueiros, dos quais já estou com muita saudade!

Beijinhos!

Su

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29 de jan. de 2011

Reflexão num momento insone




Às vezes preciso marcar um encontro comigo, pois meus pensamentos me afastam de mim. É quando me esqueço que tenho o poder do controle e permito que eles me carreguem por caminhos que me levam a lugar nenhum.

Meu ego pensa, minha alma sente.

Tem coisas que o ego, transvestido de alma, teima em controlar. E nessas horas, se não tomo cuidado, acabo por segurar coisas que não existem mais, pois o ego é cego, mas obedece fielmente aos conceitos que ele próprio criou. Cabe-me decifrar meus anseios para conhecer sua origem. Cabe-me educar o ego para que deixe de andar em via paralela e se aconchegue ao meu coração.

Ou nunca estarei completamente feliz.

...


25 de jan. de 2011

Conclusões ...



Quando uma indiferença fortalece uma certeza,
chegou a hora da certeza tomar uma atitude diferente.

Quando uma distância insiste em se fazer presente,
chegou a hora da presença se fazer distante...


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14 de jan. de 2011

Obrigada, amor.


Às vezes, fazias algumas coisas que nem imaginavas, mas...
às vezes, não fazias algumas coisas... coisas que, também, não imaginavas.
E essas “coisas” (feitas ou não feitas, depende...)
Acrescentavam tanta felicidade na minha felicidade...
... (que já era tanta) ... mas que crescia contigo
e com certas coisas que fazias ou não.

Sei que sentias ciúmes, às vezes,
mas o amor é um só.

Estou tomando um vinho...
... pensando em ti.
Se pudesses estar aqui agora,
eu, em silêncio, saberia como te agradecer,
exatamente da forma como tu gostas.
Mas sei que não podes, então simplesmente te digo:
Obrigada... amor.

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11 de jan. de 2011

Voltando... Pronta para outra

Eu já havia esquecido como é delicioso amanhecer e descobrir que a doença foi embora! Uma gripe, às vezes, tem o poder de judiar muito da gente. Já nem nem lembrava como era ser pega por uma daquelas bem fortes. Credo! Claro que foi resultado de uma temporada hiper atribulada que tive antes do Natal. Stress físico. Meus “soldadinhos” da imunologia resolveram sair de férias na marra e, então fiquei desprotegida. Mas, agora já estou bem.

Talvez, eu não escreva com tanta freqüência aqui, por algum tempo, pois estou muito ocupadinha com o acabamento do meu apartamento que, finalmente ficou pronto. Até montei um blog somente para falar desse assunto, pois outro dia descobri que várias pessoas fazem isso e acabam colaborando muito com quem não tem prática (o meu caso).

Tenho usado meus momentos livres para fazer pesquisas de produtos e de preços, marcação de visitas para orçamentos, etc. Gente, estou me dedicando muito, pois esse Ap é a realização de um grande e antigo sonho meu. Por favor, perdoem-me pela escassez de posts e visitas, por algum tempo (espero que pouco, pois não vejo a hora de me mudar...rs).

Beijocas para todos!
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“Há uma porta quase pronta para ser aberta.
Quem haverá de entrar por ela? ...
Expectativa? Aflição? Ansiedade?
Não... tudo em paz, é apenas curiosidade...”

 ...

4 de jan. de 2011

Estou dodói...



Desculpem-me pela ausência, mas tirei uns dias de descanso no fim do ano e agora estou com uma baita gripe, daquelas bem forte, com febre e tirando a vontade de qualquer coisa ... 
Volto quando estiver bem "saradinha" (rs), tá bom? 
Bejinhus,
Su

...