26 de abr. de 2012

Sensação estranha...



Sensação estranha a que me abraça. É um tal de desejar e não querer, sentir saudade, sem falta sentir, chamar teu nome, às vezes, gritar, mas não querer te ouvir. Dentre tudo que me envolve, há um misto de amor e raiva, de paz e inferno, de treva e luz. É no amor que te tenho, no inferno que te enxergo e na luz que te desejo. Há vontade de ficar, mesmo querendo fugir, vontade de gritar, mas opto por me calar. É assim que me sinto quando penso em ti, quando estou contigo ou quando não estou. E nesse labirinto de sentimentos, emoções, desejos e negações é que te procuro e me perco, e me procuro e então te encontro, pois também me roubas e me escondes dentro de ti. 

Sueli Benko

13 de abr. de 2012

Falar alto incomoda alguém?



Sim, incomoda.

Pensei que somente eu me incomodasse, mas andei fazendo uma pesquisa e a maioria das pessoas que conheço incomodam-se com aquelas que não limitam a altura de sua voz ao conversar em locais públicos. Ou, pelo menos, em alguns locais públicos, como por exemplo, num restaurante, num elevador ou num transporte coletivo.

O problema não é somente a poluição sonora, mas essas pessoas não param para pensar que pode ter alguém nem um pouco interessado em conhecer sua história, ou o caso que têm a contar. Almoço todos os dias em restaurantes e considero o horário do almoço, um intervalo na minha rotina de trabalho, então não costumo e não gosto de falar sobre trabalho quando estou almoçando. Porém, muitas vezes sou obrigada a ficar ouvindo quem está na mesa ao lado, conversar sobre esse assunto o tempo todo (e em voz alta!). Como é  desagradável!

E quando entro no elevador? É raro o dia que não entram pessoas falando em voz alta, só que no elevador, geralmente estão falando mal de algum companheiro de trabalho (geralmente, o chefe...rs). Não dá outra, duas pessoas conversando num elevador, sempre é fofoca, ou então, estão contando alguma desgraça que tenha presenciado (não sei o que é pior). Aliás, amigos queridos do meu Brasil, aqui vai um pedido: “Não me contem as desgraças que vocês assistem por aí! Eu não quero saber! Sou abençoada por nunca presenciar essas coisas e quero continuar assim...”

E olha que nem vou falar do salão de cabeleireiro... rs.

Sou meio surda. Imagino quem tem 100% de audição e também não gosta de ficar perto de quem fala muito alto.  Afff....

Sueli Benko

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3 de abr. de 2012

Aprender a Perder



Uma vez, escrevi num dos meus antigos blogs sobre “perdas”. Escrevi há tanto tempo,  que nem vou perder tempo procurando, mas lembro-me muito bem de haver dito que, desde muito criança, comecei a lidar com perdas.  Hoje, parei para pensar sobre isso. Acabo de perder mais uma.

De repente, tudo se aclara. Tantas perdas... E eu não havia me tocado. A razão só pode ser “aprender a perder”. Reconhecer que não somos donos de nada, então, na verdade, nada perdemos. Aprender a perder significa, nada mais, nada menos, que ”ACEITAR”.

Aceitar o que não pode ser mudado. Aceitar que” não mais ter”, não significa “perder”.

Tudo em nossa vida acontece em ciclos e todos os ciclos têm começo, meio e fim. O fim, muitas vezes, dói. Mas, somente dói porque não o aceitamos.

A lição, hoje, então, não é aprender a perder.

É, simplesmente, aprender a “ACEITAR”.

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