Imagem: caminhos da mudança.blogspot.com
Há dias venho sentindo vontade de falar sobre o “EGO”, esse nosso companheiro de quase uma vida inteira. Já sei, alguém deve estar dizendo “quase, não, de uma vida inteira, sim senhora”. Pois eu digo que não. Não acredito que tenhamos nascido com ele. Ele é formado por tudo aquilo que vamos aprendendo ao longo da vida, com quem nos rodeia, com os conceitos que vamos formando sobre tudo e sobre todos, ou seja, com a falsa verdade que, por ignorância, os outros nos passam.
O ego não é mau, ele apenas acredita que somos aquilo que pensamos que somos e nos faz agir como se fôssemos mesmo. Complicadinho, não é? Mas, é isso mesmo. Ele é tão convencido, orgulhoso e mimado, que sofre demais diante de qualquer descontentamento. E, como é cria nossa, acreditamos realmente que somos nós que estamos sofrendo. Mas, o sofrimento não é nosso, é dele. E, pensamos que somos ele.
Com isso, esquecemos de que somos algo muito superior, somos a “alma”. O dia em que conseguirmos fazer essa distinção, descobriremos como a vida é divina e como é divino viver. O ego, por ser um instrumento da mente, apresenta maior facilidade de contato. Por essa razão, o ouvimos muito mais facilmente. Mas, quando conseguimos colocar a “alma” acima dele... Ah! Não há quem nos segure e não há o que consiga nos magoar. Porque alma não sofre, porque alma não exige, alma não “precisa de... “. A alma é completa em si. É a centelha divina em nós.
A alma ama porque vive de amor, mas não o cobra porque ela já é amor.... em si. A alma dá pelo prazer de dar e não pela necessidade de receber. A alma pode amar a tudo, a todos e, principalmente a si. Mas, somente conseguiremos enxergar isso se a colocarmos no comando de nossas vidas.
Todavia, pela facilidade do contato com o ego, sempre o deixamos agir livremente e nos trazer todos os tipos de sofrimento, pois o orgulho é seu maior amigo e companheiro constante. É claro que ele também pode nos proporcionar algumas alegrias, mas alegria é diferente de felicidade. Felicidade vem de “realização” e somente quem tem competência para se realizar é a alma.
Quantas pessoas são prisioneiras de seu ego. Preferem sofrer, sofrer e sofrer, mas nem por um segundo concordam em dar o braço a torcer. Preferem a rigidez de suas convicções a enxergar o tamanho enorme da felicidade que têm pela frente. Negam-se a ter momentos felizes para, simplesmente, poder estar bem com seu ego egoísta, tolo e ignorante. Essa atitude é de uma pobreza total. Mais pobre ainda é quando a pessoa, mesmo visualizando novos caminhos, insiste em continuar assim sem se dar a chance de ser quem realmente é: um ser criado por uma Inteligência Divina, com tudo para ser feliz, mas que prefere fechar-se no casulo de sua ignorância, digo de seu ego.
Sueli Benko
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