31 de ago. de 2009

Tem cabimento?...


Acho tão estranho alguém não acreditar em algo que nem tentou analisar e vivenciar...

Acho tão estranho alguém acreditar em algo só porque alguém falou...

Se as pessoas não tivessem tanta preguiça de refletir, analisar, vivenciar e testar o que aprendeu, de quanta sabedoria poderiam estar desfrutando. Existe uma coisa chamada “coerência” e penso que aí está a chave de tudo. Não pode existir perfeição onde não existe coerência e, se a natureza é perfeita (e não há quem o negue), ela só pode usar da coerência em sua criação. Partindo dessa premissa, fica tão mais fácil analisar o que ouvimos por aí. Mas, parece que ninguém pensa nisso.

Ouço cada uma... (afff...)

Acreditar em algo “só porque” ouviu na igreja ou porque está escrito em algum lugar é algo que não cabe mais nos dias de hoje! Que tal parar um pouco, pensar no assunto, analisar com cuidado, ver se tem “cabimento”???? Que tal criar coragem e admitir que uma opinião pode ser mudada quantas vezes forem necessárias e que, de repente, aquilo em que se acreditou até hoje, pode não ser verdade (ou vice-versa)?

Vivenciar algo que se aprende e acreditar (ou não) pelo resultado obtido e não simplesmente pelo que foi dito, pode ser o caminho. É o que tenho feito, e tem valido a pena.

Hoje, é mister importar-se com o que tem “cabimento” ... apenas.

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20 de ago. de 2009

Leve, livre, linda e solta...


“O real não está na saída nem na chegada... Ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.”
João Guimarães Rosa

Foto: www.guioliva.com.br/caminho/fotos/foto_70.jpg


O caminho apresentava-se íngreme à minha frente.
Precipícios imensos assustavam-me.
Impossível percorrê-lo sem soltar minha bagagem
Mas eu precisava chegar lá
e era muito valiosa minha carga (pelo menos assim julgava eu)
O tempo perdido na decisão foi imenso
Era difícil seguir em frente
Impossível soltar o que era meu
Porém, o perigo se aproximava...

De repente, alguém me deu um empurrão
Quando me dei conta, já estava no caminho
Algumas tralhas haviam caído
E eu nem percebera
Se soubesse, teria me desfeito delas há mais tempo
Os obstáculos foram surgindo
Cada vez mais difíceis
A cada um deles, necessário se fazia desfazer-me de algo
E assim, fui seguindo cada vez mais leve...

A cada tralha desfeita, mudanças aconteciam
O caminhar ficava mais fácil
As dores do cansaço diminuíam
A prática em vencer obstáculos aumentava
O caminho ficava mais limpo
A paisagem se coloria
Algumas flores apareciam
Foi difícil perceber que o caminho sempre fora assim
O peso que eu carregava é que não me deixava perceber

Não é fácil cuidar de tralhas
Principalmente quando nos apegamos a elas
E eu as julgava tão importantes
Mero engano meu...
Foi tão bom descobrir que delas eu não precisava
No caminho, coisas novas e mais bonitas as substituíam
Nada me faltava, então não mais a nada eu me prendia
Agora nem tenho pressa para chegar ...
Carrego apenas experiências vividas, aprendidas
e imortalizadas.

Leve, livre, linda e solta...

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18 de ago. de 2009

Tentei chegar em casa em tempo de fazer uma homenagem a uma grande poetisa “Fátima Irene Pinto”, pois foi ela quem aguçou o meu gosto pela poesia. Eu ainda era uma novata no mundo da net quando me deparei com um poema de Fátima Irene e comecei a vasculhar tudo que trazia algo escrito por ela. Meus blogs sempre foram enfeitados com algum de seus escritos. E hoje, ou melhor, ontem (quando comecei ainda não era meia noite...rs) foi seu aniversário.
Parabéns, Fátima Irene!

Escolhi, para postar aqui, uma poesia que gosto muito.




O MEU JEITO DE AMAR
Fátima Irene Pinto


Não quero mais drama nem sofrimento
Antes, quero crescer na alegria
Não quero mais declinar
melindres e impossibilidades
Antes, quero um amor
cuidado, partilhado,
pleno de mutualidade...

Não quero mais invejar
casais de namorados
Não quero mais caminhos
sinuosos, afunilados
Quero o amor que chegue
e que se faça ousado
Que irrompa nas curvas deste
meu corpo esfomeado...

Não quero mais desperdiçar
anos valiosos da minha vida
Não quero mais sentimentos
insustentáveis de menos valia
Quero falar de alegrias
e de palpáveis devaneios
Quero o homem amado, saciado...
repousando nos meus seios!!!!
...
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7 de ago. de 2009

Vossa Excelência


Há tempos que tenho vontade de vir aqui conversar com vocês sobre o pronome de tratamento “Vossa Excelência”.

Lembro-me muito bem que na escola foi-me ensinado que esse era um tratamento de “respeito”. Mas, o que tenho visto parece uma piada. Vossa Excelência é o tratamento que os políticos usam entre si e o conceito de “respeito” parece ter mudado muito... O que temos ouvido e visto é algo mais ou menos assim:

“Vossa Excelência não tem moral ...”
“Vossa Excelência é um safado!”
“Vossa Excelência é um crápula!”
“Vossa Excelência é um canalha”!
“Vossa Excelência é um ladrão filho da puta!

Agora, saído do forno:
“Vossa Excelência não aponte esse dedo sujo para cima de mim ...”
“O dedo sujo é o da Vossa Excelência ...”
........................................................

Gente, é ridículo, hilário!

Bem, o negócio é o seguinte: tive uma idéia e preciso contar com a colaboração de vocês (desde que concordem, é claro). Já que não podemos fazer nada contra os “Vossas Excelências” lá do Planalto, que tal arreliarmos um pouquinho e banalizarmos o tratamento? Nós, blogueiros, temos o poder de multiplicar uma notícia em minutos e, já que não adianta chorar, pelo menos vamos transformar aquele galinheiro num circo de verdade.

Vocês topam lançar o mais novo palavrão do Brasil?
Que tal trocarmos o “filho da puta” dos nossos dias por “Vossa Excelência”?


Mas seria um “vossa excelência” usado como substantivo e não como pronome.
Tipo assim: Aquele fulano é um “vossa excelência”! ou “Oh, seu “vossa excelência” você me paga!” ... rs


Pode até parecer sem graça, mas se considerarmos que estamos comparando o “desafeto” com um daqueles políticos, a ofensa é pior do que filho da puta ou qualquer coisa parecida... é, ou não é? ...rs

E então, topam divulgar?
Como? Postando nos seus blogs e sugerindo aos seus leitores que façam o mesmo! ...



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1 de ago. de 2009

Uma Carta de amor

Vou de Coletivo (blogagem coletiva)
Tema do mês de agosto: Uma carta de amor



Amor meu,

Continuas percorrendo os labirintos de minh’alma, talvez apenas nos teus sonhos, mas quem te vê, te ouve e te fala é a minha realidade. Uma realidade que se fantasia em sonhos para que possas enxergá-la. Uma realidade que aguarda a calada da noite para se esconder em sombras e que te espera em pensamentos porque sabe que tu não faltas. E quando chegas, chegas tão maroto, fazendo peripécias e provocando êxtases. Percorres os caminhos do meu corpo com invisíveis carícias, provocando delírios e embriagando convicções. Cavalgas comigo para outros mundos, dimensões insanas que somente tu conheces e me mostras sensações impossíveis de serem descritas. Atiras-me em abismos, somente para mostrar-me que consegues voar mais rápido e, em teus braços fortes, amparar-me. E eu, sem medo de perder-te, porque sei que não te perderei nunca, desvencilho-me e corro só para que possas perseguir-me e alcançar-me. E me persegues. E me alcanças. E me abraças. E comigo danças. E me trazes de volta. E me fazes tua... como sempre.

Sei que não te lembras, mas sei que sonhas... e sentes. E é por isso que te escrevo. Para que nunca te esqueças do teu sonho e da minha realidade e do inverso que sabes fazer tão bem quando tornas real o que tu sonhas e transformas minha realidade em sonhos dourados. Não haverás de esquecer também das nossas noites, do nosso mundo, de tudo que foi, do que é e do que será. Para que aprendas sobre a diferença entre o dia e a noite, a lua e o sol, o aqui e o acolá, o agora, o antes e o depois. Para que saibas que o “não” que dissemos sob o sol deste plano, não existe nas noites de luar em que nos encontramos.

Escrevo também para te falar do meu amor. Este amor que nasceu com a vida e que aprendeu a enfrentar perigos e sair ileso, a banhar-se em paciência e enxugar-se em loucuras, a buscar-te nos teus sonhos e receber-te na sua realidade, a suportar teus deslizes e continuar inteiro, a deixar de competir por saber-te tão somente seu, a esperar tua volta e ter-te sempre... não aqui, no mundo dos homens, mas no infinito, por toda a eternidade...


Eu

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