29 de dez. de 2017

2017 – Um ano inesquecível



Em janeiro de 2017, eu lia um artigo que afirmava estarmos entrando num período de tempo regido por Saturno, e nesse artigo havia alguns trechos, tais como:

“O planeta Saturno é um dos corpos celestes mais incompreendidos e temidos da simbologia astrológica, porque representa tudo aquilo que diz respeito à nossa responsabilidade e às nossas obrigações, conosco e com a sociedade em que vivemos.
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“Este planeta amedronta algumas pessoas porque é considerado o princípio organizador da vida, portanto, amadurecimento e responsabilidade serão cobrados com maior intensidade no próximo período.”
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“Saturno nos pedirá para sermos mais sábios diante da vida, mais maduros, mais responsáveis. Ele poderá nos ajudar a descobrir nossa capacidade de perseverar nos desafios, concretizar metas e objetivos de vida e, sobretudo, assumir nossas responsabilidades com astúcia, determinação e coragem!”
(http://www.zastros.com.br)

E então, pensei: “Caramba! O que virá por aí? ...” - Acreditando ou não, seria melhor ficar preparada, pois já há alguns anos tenho reparado que, apesar do meu ceticismo, essas previsões têm tido, sempre, um fundo de verdade. E, pasma, fui percebendo que, em minha vida, o rebuliço foi, realmente, enorme! O ano de 2017 foi, talvez, o mais atípico de todos em minha vida. Um ano de perdas imensas, mas, por outro lado, de ganhos incríveis!

Dentre todos os ganhos, talvez, o mais importante tenha sido poder ter a plena convicção de que somos nós, sim, que decidimos “quem somos nós” e que, a cada momento presente, estamos construindo nosso momento seguinte. Talvez, minha afirmação pareça um pouco confusa, mas, pude notar que, em todos os momentos de possível desespero, ao decidir não me desesperar, a resposta foi imediata e positiva. Essa constatação provou-me, também, que a forma da Vida comunicar-se conosco é através dessas respostas. Ela sempre envia-nos um presente ao aprovar uma correta atitude nossa.  

Analisando, cheguei à conclusão que a atitude mais correta minha, neste ano, foi ter, de imediato, aceitado serenamente todos os fatos desagradáveis que não podiam ser mudados. Dei esse presente para minha alma e a Vida presenteou-me com outros acontecimentos maravilhosos!

Em 2017, perdi pessoas amadas, estabilidade e alguns grandes confortos costumeiros, mas, ganhei muita experiência, mais amor próprio, certeza de absoluta da existência do amparo Divino e a certeza de que estou no caminho certo, com relação às minhas crenças e descrenças. Tudo isso, tanto na área material quanto espiritual.
Em 2017, houve uma gestação em mim, que propiciou um renascimento muito feliz e, em 2018, dou meus primeiros passos, revigorada, forte e pronta para o que vem pela frente! 

Gratidão, 2017! 

Ahow, 2018! 

(Eu concordo, eu aceito, eu sinto!)


Sueli Benko

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17 de mai. de 2017

Quando a gente se cansa de desejar...


Há coisas que a gente deseja, mas, com o passar do tempo,
quando se passa muito, muito tempo,
e a gente deseja tanto,
e tanto...
E não acontece,
a gente acaba se enjoando de desejar.
A gente não deixa de gostar,
     mas já não deseja mais.       
É porque a gente, então, se cansa.
                     E deixa de pedir, e de de se importar.                      
Perde a graça quando se pede muitas vezes algo 
que deveria ser espontâneo.
Mesmo que um dia aconteça, já não tem mais valor,
não tem mais graça...
A gente só não deixa de gostar porque aí seria pior ainda.
Ficaria um vazio, uma falta de chão,
ficaria sem vida...
     E isso dói mais do que se cansar. 


             Sueli Benko         

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6 de mar. de 2017

Ando atrás de um sonho


Ando atrás de um sonho. 
Mas não de um sonho qualquer, pequeno, fácil e ser realizado.
Já realizei todos os que eu tinha 
e, agora, que me parece ter aprendido a caminhar até eles, 
procuro por algum deles, mas não consigo saber onde estão.
De que me adianta aprender a sonhar se os sonhos se foram?
Haverá algum lugar onde eu aprenda a criar um sonho, 
para depois jogá-lo bem longe e buscar o caminho para até ele chegar?
Então,meu único sonho, hoje, é o sonho de ter um sonho...
E esse é o sonho mais difícil que já me aconteceu.

(Sueli Benko)

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13 de fev. de 2017

Como é bom...


Como é bom fechar os olhos e enxergar coisas bonitas, sentir a paz e a sensação de missão cumprida por ter chegado ao lugar certo.

Como é bom abrir os olhos e enxergar um caminho novo a percorrer que, apesar de desconhecido, proporciona-me a certeza de que o medo não virá.

Como é bom olhar a mochila e encontrar todas as ferramentas necessárias para destruir qualquer obstáculo que possa aparecer.

Como é bom olhar para essas ferramentas e me lembrar de que cada uma delas foi por mim esculpida nas pedras encontradas no caminho anterior.

Como é bom ter aprendido a amar a Vida e agora poder partir rumo ao desconhecido, até mesmo com os olhos fechados, se eu quiser, porque aprendi a enxergar com os olhos da alma e sei que é através dela que a Vida fala comigo.

Sueli Benko

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 Um dia, uma de nós (já não me lembro mais quem fez a primeira visita) visitou o blog da outra. Mal sabíamos que ali estava nascendo uma grande amizade que iria mais tarde transpor os limites da virtualidade.
Fim de semana passado, tive a chance de revê-la pela terceira vez. Fiz uma viagem a trabalho para Recife, cidade onde ela reside e passei um dia e meio em sua casa.
Como sempre, fui muito bem acolhida por minha amiga-irmã e pela sua adorável família. Na foto, estamos  brindando a mais duas amigas blogueiras que temos em comum: http://bardaruiva.blogspot.com/ e http://majoli-rabiscosdaalma.blogspot.com/.
Clau reside num pedacinho do paraíso e eu quero aqui, agora, agradecer todo carinho e todos os bons momentos que me proporcionou neste fim de semana (gente, essa mulher cozinha para caramba!). Pois é, mais uma das amizades que a blogosfera me deu de presente e isso, gente, não tem preço!
  
Clau, eu amo você!!!

Esta é uma postagem de anos atrás, mas estou repostando hoje, por causa da saudade que estou sentindo dessa minha amada amiga-irmã!

Sueli

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Mudar de idéia

“Triste não é mudar de ideia.
  Triste é não ter ideia para mudar.”

  (Francis Bacon)

Imagem: Gelila Metiti Mesfin


Tive uma educação muito rígida. Papai, um homem austero, conservador e inflexível, passou-me lições brilhantes, mas, ao mesmo tempo, exagerou um pouco na dose. Com o decorrer dos anos, fui descobrindo que a realidade é bem diferente de muitas coisas que me ensinaram. Aprendi que ao tomar uma decisão, esta não poderia ser mudada, pois, caso contrário, eu estaria demonstrando falta de personalidade. Foi difícil encarar que a coisa não é bem assim, aliás, não é nada assim. Tomo decisões baseadas nas minhas ideias e estas mudam dependendo do meu estado de espírito e das situações externas que se apresentam.

Como não cheguei neste mundo apenas para vegetar e dele sair sem nada ter aprendido, como posso desejar que minhas ideias sejam iguais em todos os dias de minha vida? Não, papai, o senhor não sabia que esta sua informação não era correta. Posso e dou-me o direito de mudar de ideia e voltar atrás em minhas decisões, tantas vezes quantas sentir vontade e não me sentir mal com isso, desde que essas decisões não envolvam terceiros, é óbvio. Falo das decisões que se refiram à minha própria pessoa.

Sempre é tempo de reconhecer um passo errado, dar meia volta e começar tudo de novo, por outro caminho. Sempre é tempo de não mais dar importância a alguma voz de outrora que eu tenha ouvido, e obedecido. Sempre é tempo de reconhecer que a pessoa que mais me machucava era a que mais me ensinava as lições necessárias e passar a respeitá-la ao invés de com ela ficar magoada. Sempre é tempo de não mais dar tanta importância às doces palavras que nada me acrescentavam. Sempre é tempo de me permitir não fazer algo que não tenha vontade num dia, independentemente de ter tido vontade ou não outrora.

Sem contar as coisas bem mais simples, como por exemplo: já odiei berinjela, hoje gosto muito. Já adorei música sertaneja, hoje detesto. Já detestei jazz, hoje adoro. Já gostei muito da boemia, hoje não troco o aconchego de minha cama por ela. Já acreditei que rezando, Deus ajuda, por isso, já rezei muito, mas hoje tenho certeza que a ajuda que ele poderia dar, já deu quando me enviou para cá e pronto (sei que esta afirmação pode dar muito pano para a manga, mas, perdoem-me, é a minha opinião, no momento). Já mudei tanto de opinião e de gosto, que, talvez, este “eu” que esteja aqui já não tenha mais a mesma personalidade mesmo, mas posso garantir que, graças à coragem de se abrir para novos conhecimentos e, muitas vezes, aceitá-los, é uma pessoa bem melhor do que já foi no passado.

Enfim, parafraseando Raul Seixas, "Prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."


Sueli Benko
(Escrito em 23/08/2008 - sem ter mudado de opinião, ainda, a respeito das palavras acima)

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