"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira" (Cecília Meirelles)
29 de dez. de 2017
17 de mai. de 2017
Quando a gente se cansa de desejar...
Há coisas que a gente deseja, mas, com o passar do tempo,
quando se passa muito, muito tempo,
e a gente deseja tanto,
e tanto...
E não acontece,
a gente acaba se enjoando de desejar.
A gente não deixa de gostar,
mas já não deseja mais.
É porque a gente, então, se cansa.
E deixa de pedir, e de de se importar.
Perde a graça quando se pede muitas vezes algo
que deveria
ser espontâneo.
Mesmo que um dia aconteça, já não tem mais valor,
não tem mais graça...
A gente só não deixa de gostar porque aí seria pior ainda.
Ficaria um vazio, uma falta de chão,
ficaria sem vida...
E isso dói mais do que se cansar.
Sueli Benko
...
6 de mar. de 2017
Ando atrás de um sonho
Ando atrás
de um sonho.
Mas não de um sonho qualquer, pequeno, fácil e ser realizado.
Já realizei
todos os que eu tinha
e, agora, que me parece ter aprendido a caminhar até
eles,
procuro por algum deles, mas não consigo saber onde estão.
De que me
adianta aprender a sonhar se os sonhos se foram?
Haverá algum
lugar onde eu aprenda a criar um sonho,
para depois jogá-lo bem longe e buscar
o caminho para até ele chegar?
Então,meu único sonho, hoje, é o sonho de ter um sonho...
E esse é o sonho
mais difícil que já me aconteceu.
(Sueli Benko)
,...
13 de fev. de 2017
Como é bom...
Como é bom fechar os olhos e enxergar coisas bonitas, sentir a paz e a sensação de missão cumprida por ter chegado ao lugar certo.
Como é bom abrir os olhos e enxergar um caminho novo a percorrer que, apesar de desconhecido, proporciona-me a certeza de que o medo não virá.
Como é bom olhar a mochila e encontrar todas as ferramentas necessárias para destruir qualquer obstáculo que possa aparecer.
Como é bom olhar para essas ferramentas e me lembrar de que cada uma delas foi por mim esculpida nas pedras encontradas no caminho anterior.
Como é bom ter aprendido a amar a Vida e agora poder partir rumo ao desconhecido, até mesmo com os olhos fechados, se eu quiser, porque aprendi a enxergar com os olhos da alma e sei que é através dela que a Vida fala comigo.
Sueli Benko
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Um dia, uma de nós (já não me lembro mais quem fez a primeira visita) visitou o blog da outra. Mal sabíamos que ali estava nascendo uma grande amizade que iria mais tarde transpor os limites da virtualidade.
Fim de semana passado, tive a chance de revê-la pela terceira vez. Fiz uma viagem a trabalho para Recife, cidade onde ela reside e passei um dia e meio em sua casa.
Como sempre, fui muito bem acolhida por minha amiga-irmã e pela sua adorável família. Na foto, estamos brindando a mais duas amigas blogueiras que temos em comum: http://bardaruiva.blogspot.com/ e http://majoli-rabiscosdaalma.blogspot.com/.
Clau reside num pedacinho do paraíso e eu quero aqui, agora, agradecer todo carinho e todos os bons momentos que me proporcionou neste fim de semana (gente, essa mulher cozinha para caramba!). Pois é, mais uma das amizades que a blogosfera me deu de presente e isso, gente, não tem preço!
Clau, eu amo você!!!
Esta é uma postagem de anos atrás, mas estou repostando hoje, por causa da saudade que estou sentindo dessa minha amada amiga-irmã!
Esta é uma postagem de anos atrás, mas estou repostando hoje, por causa da saudade que estou sentindo dessa minha amada amiga-irmã!
Sueli
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Mudar de idéia
“Triste não é mudar de ideia.
Triste é não ter ideia para mudar.”
(Francis Bacon)
Triste é não ter ideia para mudar.”
(Francis Bacon)
Imagem: Gelila Metiti Mesfin
Tive uma educação muito rígida.
Papai, um homem austero, conservador e inflexível, passou-me lições brilhantes,
mas, ao mesmo tempo, exagerou um pouco na dose. Com o decorrer dos anos, fui
descobrindo que a realidade é bem diferente de muitas coisas que me ensinaram.
Aprendi que ao tomar uma decisão, esta não poderia ser mudada, pois, caso
contrário, eu estaria demonstrando falta de personalidade. Foi difícil encarar
que a coisa não é bem assim, aliás, não é nada assim. Tomo decisões baseadas
nas minhas ideias e estas mudam dependendo do meu estado de espírito e das
situações externas que se apresentam.
Como não cheguei neste mundo
apenas para vegetar e dele sair sem nada ter aprendido, como posso desejar que
minhas ideias sejam iguais em todos os dias de minha vida? Não, papai, o senhor
não sabia que esta sua informação não era correta. Posso e dou-me o direito de
mudar de ideia e voltar atrás em minhas decisões, tantas vezes quantas sentir
vontade e não me sentir mal com isso, desde que essas decisões não envolvam
terceiros, é óbvio. Falo das decisões que se refiram à minha própria pessoa.
Sempre é tempo de reconhecer um
passo errado, dar meia volta e começar tudo de novo, por outro caminho. Sempre
é tempo de não mais dar importância a alguma voz de outrora que eu tenha
ouvido, e obedecido. Sempre é tempo de reconhecer que a pessoa que mais me
machucava era a que mais me ensinava as lições necessárias e passar a respeitá-la
ao invés de com ela ficar magoada. Sempre é tempo de não mais dar tanta importância às doces palavras que nada me acrescentavam. Sempre é tempo de me permitir não fazer algo que não tenha vontade num dia, independentemente de ter tido vontade ou não outrora.
Sem contar as coisas bem mais
simples, como por exemplo: já odiei berinjela, hoje gosto muito. Já adorei
música sertaneja, hoje detesto. Já detestei jazz, hoje adoro. Já gostei muito
da boemia, hoje não troco o aconchego de minha cama por ela. Já acreditei que
rezando, Deus ajuda, por isso, já rezei muito, mas hoje tenho certeza que a
ajuda que ele poderia dar, já deu quando me enviou para cá e pronto (sei que
esta afirmação pode dar muito pano para a manga, mas, perdoem-me, é a minha
opinião, no momento). Já mudei tanto de opinião e de gosto, que, talvez, este “eu” que
esteja aqui já não tenha mais a mesma personalidade mesmo, mas posso garantir
que, graças à coragem de se abrir para novos conhecimentos e, muitas vezes,
aceitá-los, é uma pessoa bem melhor do que já foi no passado.
Enfim, parafraseando Raul Seixas, "Prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."
Enfim, parafraseando Raul Seixas, "Prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."
Sueli Benko
(Escrito em 23/08/2008 - sem ter mudado de opinião, ainda, a respeito das palavras acima)
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