Há uma lua que sabe onde estás, mas não sei se por indiferença ou por compaixão, tem evitado me encontrar. Em seu lugar, cai a chuva... Chove, chove muito lá fora. Talvez, seja o pranto da lua que, por ter sido madrinha deste amor tão puro, esteja triste por ver-te tão longe e esteja chorando seu pranto mais triste. Ou, quem sabe, esteja chorando de alegria porque também te ama e prevê tua volta...
Eu, que fiz de minha janela meu porto, olho para o horizonte em busca de sombras, mas o que vejo é apenas a chuva e a paisagem vazia. E enquanto tento estudar as lágrimas da lua, escolho acreditar que voltarás um dia...