
Primeiramente peço desculpas pela defasagem do assunto, mas eu já havia começado a preparar este post e não tive tempo de terminá-lo durante estes dias todos. Faço, no entanto, questão de deixar aqui registrada a minha revolta com essa barbárie chamada de “trote estudantil”.
Não sei se é ignorância minha, mas, por mais que eu tente entender, por mais que eu busque um pequeno motivo para que isso aconteça aos alunos, justamente no momento em que estes deveriam estar recebendo um prêmio, não consigo encontrar nada; nada que justifique a aplicação dessa pena, dessa ridícula e inconcebível brincadeira de mau gosto (pelo menos, na minha opinião).
Também não entendo porque os próprios alunos aceitam. Eu não aceitei. Recusei-me a participar e “ai” de quem me encostasse a mão! Sei lá, eles me respeitaram, não passei por essa humilhação (meu filho, também não – às custas de faltar uma ou duas semanas à aula, mas eu o aplaudi e tenho certeza que ele jamais participará de um ato bárbaro desses, nem passiva e nem ativamente).
Alguém pode me explicar ONDE ESTÁ a graça? Qual é o tipo de satisfação que se tem ao submeter um colega a essas humilhações e, muitas vezes, agressões físicas? Agressões estas que já levaram não sei quantos alunos ao hospital? Ou até mesmo à morte, como foi o caso daquele rapaz que faleceu afogado na piscina da USP, vítima de um trote estudantil, há alguns anos atrás??? Este ano chegaram ao cúmulo de jogar ácido nos corpos de alguns deles? Será que algum dia não terão a idéia de praticar roleta russa também????
Gente, que civilização é esta??? Alguém pode me explicar?
Tudo bem que resolveram criar uma lei para regularizar o trote. Já é alguma coisa. Mas, na verdade, ainda não é o suficiente, pois trote deveria ser proibido em qualquer seguimento (não, regularizado). Não entendo muito de lei, mas penso que essa “brincadeira” fere a dos direitos humanos. Ninguém pode ser obrigado a nada, nem a fazer caridade. Convidar os alunos a doar sangue, visitar doentes nos hospitais, etc. é muito digno e muito bonito, desde que seja um ato “voluntário”, mas nem isso posso aceitar que seja imposto a alguém.
Bem, pessoal, é isso aí que eu precisava botar para fora.
Sueli Benko
Não sei se é ignorância minha, mas, por mais que eu tente entender, por mais que eu busque um pequeno motivo para que isso aconteça aos alunos, justamente no momento em que estes deveriam estar recebendo um prêmio, não consigo encontrar nada; nada que justifique a aplicação dessa pena, dessa ridícula e inconcebível brincadeira de mau gosto (pelo menos, na minha opinião).
Também não entendo porque os próprios alunos aceitam. Eu não aceitei. Recusei-me a participar e “ai” de quem me encostasse a mão! Sei lá, eles me respeitaram, não passei por essa humilhação (meu filho, também não – às custas de faltar uma ou duas semanas à aula, mas eu o aplaudi e tenho certeza que ele jamais participará de um ato bárbaro desses, nem passiva e nem ativamente).
Alguém pode me explicar ONDE ESTÁ a graça? Qual é o tipo de satisfação que se tem ao submeter um colega a essas humilhações e, muitas vezes, agressões físicas? Agressões estas que já levaram não sei quantos alunos ao hospital? Ou até mesmo à morte, como foi o caso daquele rapaz que faleceu afogado na piscina da USP, vítima de um trote estudantil, há alguns anos atrás??? Este ano chegaram ao cúmulo de jogar ácido nos corpos de alguns deles? Será que algum dia não terão a idéia de praticar roleta russa também????
Gente, que civilização é esta??? Alguém pode me explicar?
Tudo bem que resolveram criar uma lei para regularizar o trote. Já é alguma coisa. Mas, na verdade, ainda não é o suficiente, pois trote deveria ser proibido em qualquer seguimento (não, regularizado). Não entendo muito de lei, mas penso que essa “brincadeira” fere a dos direitos humanos. Ninguém pode ser obrigado a nada, nem a fazer caridade. Convidar os alunos a doar sangue, visitar doentes nos hospitais, etc. é muito digno e muito bonito, desde que seja um ato “voluntário”, mas nem isso posso aceitar que seja imposto a alguém.
Bem, pessoal, é isso aí que eu precisava botar para fora.
Sueli Benko