
se alguém já não me houvesse traído, um dia”
Sueli Benko
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"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira" (Cecília Meirelles)
E descobri que sou uma ótima companhia. Não me abandono, não minto para mim, fico pensando em mil coisas para me agradar, levo-me a lugares maravilhosos, procuro fazer todos os meus gostos, estou sempre à minha disposição, levo-me a alguém quando sinto saudade (às vezes é bom um programinha a três...rs) e, geralmente, quando estamos em três, costumamos ir até às nuvens...
É uma pena que muita gente não se deu conta do que se consegue fazer com a própria companhia...!
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Observando o mar ...
Através de inúmeras experiências que somente o tempo me permitiu analisar, percebi que a vida costuma me recompensar quando está feliz comigo. É claro que também há o reverso da medalha. Quando precisa ensinar-me algo e encontra em mim, resistência em aprender, não desiste. Se não aprendo numa boa, usa métodos mais rígidos, que provocam em mim, aquilo que costumo chamar de “sofrimento”.
Por vezes, tentei fugir das lições e cheguei a acreditar que havia enganado a vida. Mera ilusão. Ao pegar o boletim, lá na frente, descobria que teria de “repetir o ano”, ou seja, fazer (ou passar) tudo de novo, porém, com professores e métodos mais rigorosos, com muito mais lições de casa e sem chance de passar direto. Nesses casos sempre há a prova final (pior que vestibular).
Depois que percebi esse esquema, deixei de fugir das lições de casa. Procuro fazê-las o mais depressa possível e, se precisar, não me envergonho de pedir ajuda. Já aconteceu também de, por muitas vezes, eu tentar pular alguma etapa e fazer as lições antecipadamente, por conta própria. Tse, tse, tse ... não deu certo. Após uma lição aprendida, no seu devido tempo, há uma recompensa e, quando a lição é dada pela vida, a recompensa vem assim, como costumo dizer, “redondinha”. Tudo se encaixa, tudo é perfeito. Mas, quando planejo minha própria recompensa, vejo o quanto ainda tenho que aprender.
Está tudo tão perfeito aqui ... agora ...
Dividindo com os amigos
Atravessei um oceano para chegar aqui. Agora, olhando para o sol, vejo que este sol é o mesmo que ilumina todos os meus amigos que estão lá do outro lado. Vejo-os todos, desfilando um a um no meu pensamento.
Sol, diga a todos eles o quanto os amo! Diga-lhes também, o quanto desejaria que eles pudessem estar aqui comigo neste momento, desfrutando deste pequeno pedaço de paraíso. Se eles aqui estivessem, eu poderia dizer que tudo está mais que perfeito...
Sueli Benko
(Sagres – Portugal - 04/10/2008)