Se, em todas as vezes que abríssemos a boca para reclamar de
algo, um alarme soasse em nossa mente, lembrando-nos de algo a ser agradecido
(e agradecêssemos), com certeza, teríamos noção do quanto somos felizes e não nos
damos conta disso.
Experimentemos criar esse alarme! Tentemos enumerar todas as
coisas que temos a agradecer e veremos que essa lista é infinita. O que
acontece é que costumamos prestar atenção e valorizar, muito mais, as coisas e
acontecimentos negativos, do que os positivos.
Outro dia, ao saber que um casal estava às voltas de um
tratamento contra uma doença muito grave que havia atingido seu filho, dei-me
conta de que todos os meus filhos estão saudáveis e que eu nunca havia
agradecido por isso.
Também soube de um atleta que, após um acidente durante seus
treinos havia ficado paraplégico, dei-me conta de que isso nunca havia
acontecido comigo ou com alguém de minha família.
Muitas vezes, ao ver um morador de rua precisando mendigar para
obter uma refeição, sinto compaixão, até posso orar por ele e dar-lhe de come,
mas não me lembrava de agradecer por ter um teto me aguardando e me protegendo.
Já chorei e sofri muito por tantas coisas que, perto do que
eu tenho de bom, tornaram-se tão insignificantes, mas eu escolhia chorar por um
amor ou um emprego perdido, do que
agradecer pelas inúmeras dádivas e oportunidades que a Vida me proporcionava.
Se digo isso, hoje, aqui, é porque sou testemunha do quanto a
Gratidão facilitou o meu caminho, desenvolveu minhas oportunidades e triplicou as
minhas dádivas.
Acredito que isso seja, até mesmo, científico, pois trata-se
de uma interação com a energia. Gratidão gera energia positiva e reclamação, gera
energia negativa, pois está provado que os semelhantes se atraem. Ninguém agradece
o que é ruim e ninguém reclama do que é bom. Não preciso dizer mais nada.
Não seria o caso de você, também, pensar nisso?
Sueli Benko