Nunca desejei que minha vida fosse feita toda ela somente de momentos tranquilos. Se não houvesse os tropeços, esqueceria como é a paz, pois esta se transformaria em tédio. Nem esperei que somente aparecessem pessoas sinceras à minha volta, pois como aprenderia a diferenciar o verdadeiro amigo do falso? Nem me importei que não me houvessem dito somente verdades, afinal, como poderia eu aprender a detectar as mentiras?
Não me importei quando percebi que o meu não era um caminho muito reto, pois a falta de curvas e de alguns obstáculos poderia ter me dado muito sono. Também não me importei por não ter conseguido as coisas que desejava com muita facilidade, afinal, precisava aprender a valorizar as minhas conquistas. Nunca esperei que me julgassem a supremacia da inteligência, mas, permitir colocar um carimbo de “burra” na minha testa... ah... isso não. Nunca!
Aprendi a viver com pessoas sinceras, mas também com aquelas que pensam que me enganam. É claro que sou responsável por esse pensamento delas, afinal, eu deixo que pensem. Já houve época na minha vida em que eu necessitava desmascarar pessoas. Imagine só deixar alguém pensar que estaria enganando-me. Que besteira... Aprendi que, em certas situações, é melhor soltar a corda para ver até onde vai.
Porém... chega um momento na vida da gente em que a gente se cansa e tem vontade de dar um BASTA em tudo! Engatar uma marcha à ré, retornar e começar tudo de novo. Podemos também continuar de onde estamos, mas aí precisaríamos continuar com a mesma bagagem e isso pode não ser muito interessante.
Estou passando por esse momento em minha vida. Vontade de retornar e enveredar por outros caminhos ainda desconhecidos, mas levando toda experiência que adquiri neste em que estou. Quero me desfazer de tudo que estou carregando, voltar e fazer minhas malas novamente.
Pretendo aproveitar dois acontecimentos nos próximos dias que me ajudarão muito. Uma viagem a Portugal (Lisboa e Porto) a trabalho, mais umas férias vencidas que decidi tirar em seguida e ficar afastada de tudo por pouco mais de 30 dias, sendo que o período seguinte deverá coincidir com minha mudança de residência.(Há três anos atrás comprei um apartamento na planta e agora ele está pronto). E nada melhor que uma casa nova para receber uma vida nova. Além disso, estão surgindo novas oportunidades profissionais (mas isso, eu conto depois...)
Na minha viagem, aproveitarei para colocar as “reflexões” em dia e na minha mudança levarei somente o que me faz bem. E o que me faz bem é o que faz sentido em minha vida. Já está na hora de abandonar coisas e pessoas. Coisas inúteis e pessoas que não me respeitam e não me consideram da forma como mereço ser respeitada e considerada.
Amigos “verdadeiros”, levarei TODOS! Dos falsos, quero distância. Cansei de ser “a boazinha”. Quero ser boazinha comigo, isso sim. E ser boazinha comigo é conservar meus amigos junto a mim, pois eles são meu maior tesouro. Incluo minha família quando falo dos meus amigos, pois desde meus filhos até minha nora e genro (e a família deles) são todos verdadeiramente meus amigos.
Também não quero deixar de ser blogueira, pois meu blog é meu santuário. Verdadeiro milagre é o número de amigos maravilhosos que conheci aqui. Esse meu tesouro aumenta dia a dia, mas não decidi ainda se continuarei com o Fenixando ou se criarei outro. Talvez, pelo próprio nome, eu continue por aqui mesmo e apenas faça algumas modificações.
Bem, amigos, pelo que expus acima, a partir do fim deste mês, precisarei ficar um tempo afastada, mas, estejam certos: voltarei. Não abandono a blogosfera, de jeito nenhum. Pretendo ficar esse tempo “caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento”... provavelmente também sem telefone e sem destino certo. Preciso de um tempo a sós comigo. E acho que vai ser bom demais. Embarco dia 30/09, mas até lá, ainda volto por aqui.
Beijos para todos, recheados com saudade antecipada!
Sueli
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