30 de nov. de 2008

Frase de hoje:

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“Não sei se eu conseguiria dar tanto valor a quem me é fiel

se alguém já não me houvesse traído, um dia”

Sueli Benko
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26 de nov. de 2008

Que tal um cafezinho? ...

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Que tal um cafezinho? ...

É o que sinto vontade de dizer, sempre que chego a qualquer lugar. Os amigos que me conhecem bem, com certeza entendem minha calada súplica quando chego para lhes fazer uma visita, pois já cuidam de colocar a água no fogo, rapidinho.

Na verdade, penso que esta é uma súplica comum a quase todos eles; por essa razão, não demoro em preparar o café quando chegam à minha casa, onde pode faltar qualquer coisa, mas o pó de café, não.

Uma xícara de café quente e forte pode significar tanta coisa, como por exemplo, uma baita satisfação, um símbolo de bem estar, um selo de amizade ou, até mesmo, uma simples desculpa para um convite “Vamos tomar um cafezinho?...”. Neste convite podem estar implícitas tantas intenções, mas não me ocorre uma só que seja má.

Um cafezinho também pode significar “que bom ter chegado aqui ...”. Sim, pois quem gosta de café, assim como eu, fatalmente já começa a pensar nele momentos antes de chegar a algum lugar. Também não é difícil ouvir alguém dizer “minha vida por um café ...” (óbvio que nada literalmente falando).

O aroma do café, no momento em que está sendo coado, então, é um convite ao prazer. Acordar com seu cheirinho é prever que o dia será bom!

Hoje, enquanto aguardava numa sala de espera, li uma reportagem interessante sobre como incrementar o cafezinho feito em casa. Talvez, para vocês não seja novidade, mas eu não sabia que a temperatura ideal da água para coar o café é de 90 a 95°, ou seja, a água não deve chegar a ferver. Deve ser retirada do fogo assim que começarem a surgir bolhinhas no fundo do recipiente onde ela se encontra.

Aprendi, também, que o café não deve fiar armazenado na garrafa térmica por mais de 15 minutos, pois, a partir de então, já começará a ter seu sabor alterado e a perder alguns de seus componentes (ou nutrientes, ou “não sei o quê”, não me lembro ...rs), além de que o ideal é tomá-lo assim que for coado, sem açúcar ou adoçante. Vou procurar fazer tudo direitinho, exceto tomá-lo amargo, pois sei que não consigo, gosto dele bem docinho. Por minha conta, sugiro acrescentar uma casquinha de limão (fica bom demais!).

Questionei-me outro dia sobre a dependência ou vício pelo café. Não sei se é o meu caso e para saber, eu teria que deixar de tomá-lo por algum tempo. Bem ... vou continuar sem saber.

Gostaria muito de convidá-los para tomar um cafezinho comigo, mas, por conta da impossibilidade, pelo menos para a maioria, vamos fazer de conta que o tomamos, mesmo virtualmente.
Que tal um cafezinho? ...

Sueli Benko
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22 de nov. de 2008

Eu comigo

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Solidão já meu deu medo, já foi meu bicho papão. Temia tanto que ela me atacasse; muitas vezes perdi o sono pensando na possibilidade de um dia ficar solitária. Eu não sabia que existia uma diferença muito grande entre estar só e ser solitária. Solidão deve ser horrível. Na verdade, eu já “quase” fui apanhada por ela e não gostei da amostra. Minha sorte na época, foi não ter fugido.

Foi quando, então, me conheci de verdade. Encarei a bicha e disse:

- Quer vir, venha, mas não acredito que consiga atingir seu intento, pois nunca mais me encontrará desacompanhada. Veja: “eu” estou comigo e esta é a companhia que nunca, nem você, nem ninguém, conseguirá afastar de mim.


E descobri que sou uma ótima companhia. Não me abandono, não minto para mim, fico pensando em mil coisas para me agradar, levo-me a lugares maravilhosos, procuro fazer todos os meus gostos, estou sempre à minha disposição, levo-me a alguém quando sinto saudade (às vezes é bom um programinha a três...rs) e, geralmente, quando estamos em três, costumamos ir até às nuvens...

É uma pena que muita gente não se deu conta do que se consegue fazer com a própria companhia...!


Sueli Benko
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18 de nov. de 2008

Perdida ...

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Sou especialista em me perder nos caminhos,
principalmente quando tenho pressa
e escolho atalhos
para chegar primeiro.

Por que não existe uma única estrada?
Melhor seria não ter opção.

Sou especialista em me perder nos caminhos
... principalmente naqueles que levam ao seu coração.


Sueli Benko
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9 de nov. de 2008

Loucura por ti, Corinthians!

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Quem me conhece, sabe que sou Corinthiana (e das apaixonadas!). Felizmente, toda minha família é também. Tenho acompanhado uma discussão a respeito do atual campeonato da segunda divisão, do qual meu Time já é antecipadamente campeão, no que diz respeito à comemoração desse título.

São duas as opiniões: uns acham que os torcedores devem comemorar essa vitória. Outros acham que não. Estes últimos acham que estar na segunda divisão é vergonhoso e que chegar ao final em primeiro lugar é uma obrigação. Por essa razão, a vitória não deve ser comemorada.


Eu pertenço à turma da comemoração. Penso que não seja uma questão de escolha. Quem tem um coração Corinthiano, quando percebe, já comemorou! A quem sente ou sentiu vergonha, sinto muito informar, mas não é um Corinthiano autêntico, não. E, com certeza, não faz parte do côro: “Sou louco por ti, CORINTHIANS” !

Não passa pela cabeça de vocês que, se o CORINTHIANS (supostamente) tivesse perdido este campeonato, o Brasil inteiro estaria gozando com a nossa cara? Não percebem que os anti-Corinthianos estariam todos comemorando nossa derrota??? Pôxa, gente, se durante o campeonato torcemos tanto, fomos aos estádios, gritamos feito loucos (que somos), choramos, vibramos... Agora, que nosso Time ganha o campeonato, e por antecipação ainda, temos que nos calar????? (nem morta!!!)

A “diretoria do clube” não quer comemoração. Até entendo, ela é a culpada por estarmos nesta situação. Não importa se os componentes hoje são outros; continua sendo a diretoria do clube e, por esta atitude, só me resta acreditar que eles estão lá, mas não vestem nossa camisa. Quem veste esta camisa, senhores, pode até sentir vergonha dos dirigentes de seu clube, mas jamais sentirá vergonha de comemorar uma vitória do Coringão, mesmo que seja num campeonato de bolinha de gude.

Sou Corinthiana, com “C” maiúsculo, e quero deixar aqui registrado que estou extremamente feliz e comemorando, sim, a vitória do CORINTHIANS, na segunda divisão do campeonato brasileiro, neste mês de novembro do ano de 2008, com muita honra!



Sueli Benko


6 de nov. de 2008

BAR DA RUIVA

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Barack Obama? ... Dólar subindo?... Bolsa despencando? ... Acidente na Marginal ? ... Nada, nada disso me importa hoje. Nenhuma dessas notícias vão prender minha atenção! (nem a derrota do Palmeiras ontem ...hehehe).
Sabem por que?

Porque só o que toma conta de meus pensamentos desde ontem à noite é a notícia de que o BAR DA RUIVA foi reinaugurado ontem!!!! E está de endereço novo!

É o melhor bar deste mundo! Ali, podemos chegar a hora que quisermos, pois funciona de 24 a 25 horas por dia e basta um “click” aqui: http://bardaruiva.zip.net/ . Pronto, já estamos lá! Ali sempre tem um colo, um ombro, alguém que nos escuta, que nos ama, que nos acolhe ... Ali também escutamos, amamos, acolhemos. Sim, porque ali percebemos que não estamos sós neste mundo com nossos problemas; ali, identificamo-nos um com o outro e também dividimos nossas alegrias. Aquele é o único bar onde podemos beber a noite inteira sem nos tornarmos alcoólatras e sem precisarmos do “motorista do dia” para nos trazer de volta para casa.
Sei que a maioria dos amigos que freqüentam este meu cantinho já conhecem o BAR DA RUIVA, mas, aos que ainda não conhecem, fica aqui o convite para fazer parte da “tchurma”. Todos, com certeza, serão muito bem recebidos.

E tem mais: ele é meu afilhado! Sou a dinda mais feliz do mundo e minha comadre Ana Luiza é uma das melhores amigas que este mundo pode nos oferecer!

Analuuuuuuuu ... espero que desse bar você nunca mais se ausente, mas, se um dia precisar fazê-lo, nós, seus amigos de verdade, tomaremos conta e não deixaremos que ele feche suas portas nunca! Ficaremos esperando pela sua volta, assim como sempre fizemos. Sabe por que? Porque nosso amor por você é verdadeiro e quem ama de verdade, não abandona o ser amado NUNCA!
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Beijo grande para todos e agora tchau, porque, apesar da hora, vou dar uma passadinha lá no bar para cumprimentar minha amiga ...!


Sueli
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3 de nov. de 2008

Na hora da volta ...


Uma viagem de trabalho (regada a grandes passeios) ao sul de Portugal. Oito dias que passaram tão rápido ... Por que será que todas as coisas boas parecem ter pressa de chegar a algum outro lugar? Esta última semana foi para mim, um presente do céu. Passeando pela região de Lagos, realizei um sonho meu de criança: visitar cavernas marinhas e navegar por entre falésias, assim como eu assistia nos filmes de piratas.


Uma visita à cidade de Sagres, no extremo sul de Portugal, com suas encostas desenhando paisagens incríveis, arrematou a série de tudo que eu desejava conhecer na região do Algarve. Caminhar pela Escola de Navegação, fundada pelo infante Dom Henrique, parecia fazer-me voltar no tempo. Construída em local estratégico e privilegiado, oferece aos seus visitantes a possibilidade de se deslumbrar com o belo desenho das encostas portuguesas.


Na volta, um dia e meio reservado para passear em Lisboa. Ah! Minha Lisboa querida. Foi o primeiro lugar em Portugal onde coloquei os pés, há alguns anos atrás. Pensei que de lá já conhecesse tudo, mas ao visitar o Castelo de São Jorge, descobri que ainda não conhecia Lisboa. No ponto mais alto da cidade, pude vê-la quase por inteiro.


Cada pedra parecia contar uma história. E cada original pedra continuava ali, firme forte, sem desgaste. Pensei em como seria um coração de pedra... Acredito que bem melhor que um de gelatina (como o meu).

Uma viagem toda feita com ingredientes de saudade.

Agora, encontro-me no aeroporto, aguardando pela minha hora de embarcar. Ei! Eu deveria estar triste, mas flagro-me lotada de uma felicidade incrível. Apesar da saudade que ficará desta terra encantada, a saudade que sinto dos meus filhos, das minhas netas, dos meus pais, dos meus amigos, da minha casa, do meu trabalho e de alguns “alguéns” especiais, é bem maior do que qualquer outra.


Descubro que sou realmente feliz quando me vejo muitíssimo bem ao retornar à minha vida normal.

Sueli Benko
(Aeroporto de Lisboa - 06/10/2008)

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2 de nov. de 2008

Reflexões (ainda em Portugal ...)

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Observando o mar ...

Através de inúmeras experiências que somente o tempo me permitiu analisar, percebi que a vida costuma me recompensar quando está feliz comigo. É claro que também há o reverso da medalha. Quando precisa ensinar-me algo e encontra em mim, resistência em aprender, não desiste. Se não aprendo numa boa, usa métodos mais rígidos, que provocam em mim, aquilo que costumo chamar de “sofrimento”.

Por vezes, tentei fugir das lições e cheguei a acreditar que havia enganado a vida. Mera ilusão. Ao pegar o boletim, lá na frente, descobria que teria de “repetir o ano”, ou seja, fazer (ou passar) tudo de novo, porém, com professores e métodos mais rigorosos, com muito mais lições de casa e sem chance de passar direto. Nesses casos sempre há a prova final (pior que vestibular).

Depois que percebi esse esquema, deixei de fugir das lições de casa. Procuro fazê-las o mais depressa possível e, se precisar, não me envergonho de pedir ajuda. Já aconteceu também de, por muitas vezes, eu tentar pular alguma etapa e fazer as lições antecipadamente, por conta própria. Tse, tse, tse ... não deu certo. Após uma lição aprendida, no seu devido tempo, há uma recompensa e, quando a lição é dada pela vida, a recompensa vem assim, como costumo dizer, “redondinha”. Tudo se encaixa, tudo é perfeito. Mas, quando planejo minha própria recompensa, vejo o quanto ainda tenho que aprender.

Está tudo tão perfeito aqui ... agora ...


Dividindo com os amigos

Atravessei um oceano para chegar aqui. Agora, olhando para o sol, vejo que este sol é o mesmo que ilumina todos os meus amigos que estão lá do outro lado. Vejo-os todos, desfilando um a um no meu pensamento.

Sol, diga a todos eles o quanto os amo! Diga-lhes também, o quanto desejaria que eles pudessem estar aqui comigo neste momento, desfrutando deste pequeno pedaço de paraíso. Se eles aqui estivessem, eu poderia dizer que tudo está mais que perfeito...

Sueli Benko

(Sagres – Portugal - 04/10/2008)

1 de nov. de 2008

Amor, velho amor ...

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Desejo um amor feito o vinho
Que, embora seja doce, o tempo lhe transforme
Que, ao prová-lo, eu possa sentir
a magia que o tempo lhe proporcionou.

Desejo um amor, que como o vinho,
Mantenha sua doçura genuína,
Mas que ofereça muito mais que sua doçura original.

Desejo tocá-lo com as mãos e descobrir suas formas.
Desejo desnudá-lo e provar da sua essência...
Cheirá-lo e que seu aroma me desperte...
Que seja uma inspiração.

Desejo tê-lo em minha boca e degustar o seu sabor.
Que ele adentre o meu corpo
e eu sinta o calor desta invasão.

Desejo desfrutar este momento...
Fechar os olhos e sentir...
Lenta e profundamente esse ritual de prazer.

E que, ao abri-los, eu descubra que posso repetir,
que cada gole sirva para me aflorar ainda mais.
E que, ao sorvê-lo, eu me sinta ao mesmo tempo,
mais viva e mais envolvida.

Desejo ser embriagada.
Desejo a insensatez, a loucura e o suor
provocados pelo vinho, tal qual pelo amor.

Engolir até a última gota e, ainda assim, me saber inteira!
E então, depois de desnudado e consumido,
quero a mesma marca, mas sempre uma nova safra.

E ao voltar à lucidez, é provável que eu sinta dor...
Talvez a saudade deixe lágrimas em meus olhos,
mas levarei na alma para sempre,
a certeza de que foi amor!

Rosana Braga
(do livro: “Amor sem Regras para Viver”)
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